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Entenda a Entrada de um País no Visa Waiver Program (VWP)
A entrada de um novo país no Programa de Isenção de Vistos dos EUA (Visa Waiver Program, ou VWP) não ocorre de forma imediata. O procedimento padrão antes de um país ser incluído no programa envolve a assinatura de um memorando de entendimentos (protocolo de intenções), já que há diversos requisitos a serem cumpridos.
Principais Critérios para a Inclusão
Entre os principais critérios, destacam-se:
Passaporte eletrônico obrigatório: o país deve emitir passaportes com chip (e-passport), que armazenam dados biométricos.
Intercâmbio de informações de segurança: é necessário compartilhar com os EUA dados sobre passaportes perdidos ou roubados, além de informações relacionadas a criminosos e terroristas.
Avaliação constante de ameaças: o país deve colaborar ativamente com os EUA em questões de contraterrorismo, segurança de fronteiras e aplicação da lei.
Taxa de recusa inferior a 3%: no último ano fiscal, o país deve ter registrado uma taxa de recusa de vistos B1/B2 (turismo e negócios) inferior a 3%. (Em 2024, a taxa de recusa da Argentina foi de 8,90%).
Baixo índice de imigração ilegal: os cidadãos do país não devem exceder com frequência o tempo de permanência permitido nos EUA.
Rigor na emissão de documentos: o país deve possuir políticas sólidas de emissão de passaportes e controle de identidade.
Governo estável e confiável: o relacionamento diplomático e o histórico de cooperação com os EUA são fatores considerados.
Assinatura de memorando de entendimento com os EUA.
Avaliação técnica pelo DHS (Department of Homeland Security).
Implementação de sistemas de compartilhamento de dados e segurança.
Decisão final do DHS e do Departamento de Estado.
Como se pode ver, há uma série de requisitos que precisam ser implementados antes de um país ser aceito no programa. Por isso, a assinatura do protocolo é apenas o primeiro passo de um processo que pode levar meses ou até anos.
O Caso da Argentina
No caso da Argentina, além de ainda não atender à exigência da taxa de recusa inferior a 3%, outras etapas precisarão ser superadas.
Nossa opinião pessoal, com a modéstia de quem estuda geopolítica diariamente, é que essa movimentação tem muito mais peso político do que uma real intenção de incluir a Argentina no VWP neste momento. Trata-se, acima de tudo, de um gesto simbólico com clara sinalização ao Brasil: para vocês, taxas. Para o vizinho alinhado com nossas políticas, benefícios.
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